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EntendiBanho no leito é um ato de amor. Para uma boa recuperação de pacientes acamados é preciso que haja medidas especializadas para promover cuidado individualizado, bem-estar, conforto e segurança.
Cuidadores e profissionais da equipe de enfermagem podem apresentar dúvidas sobre o manuseio dos materiais e ou processos no ato de higiene.
Existem técnicas para não molhar o leito? Quais materiais devo escolher?
Qual processo é recomendável? O leito deve ser adaptado?
Na higiene de um paciente acamado são adotadas algumas medidas para prevenir infecções relacionadas à assistência, bem como higiene e cuidado da integridade da pele do paciente.
Nos próximos parágrafos, encontre respostas para todas as dúvidas apresentadas. Prossiga com a leitura nas próximas linhas.
O Banho de leito convencional, aquele que utiliza água, bacia, compressa e sabonete é um procedimento executado rotineiramente nas instituições de saúde pelas equipes de enfermagem e cuidadores em pacientes acamados.
Entretanto, essa prática tem algumas desvantagens, como por exemplo, quanto à integridade da pele, podemos apontar o aumento do risco de dermatites, pele ressecada e lesões na pele, devido ao excesso de água que pode ficar em determinadas regiões do corpo deste paciente.
Destacamos ainda, que sabonetes em barra são alcalinos, removem o manto protetor da pele e alteram o pH, deixando a pele desprotegida e suscetível ao crescimento de microorganismos.
Quanto ao aumento do risco de infecções, podemos ressaltar as infecções por dispositivo, pois o excesso de água, pode comprometer curativos e filmes adesivos, visto que essa água já está contaminada com as sujidades e microorganismos do próprio paciente.
Ainda temos o risco de aumento da infecção cruzada, devido ao compartilhamento de bacias entre os pacientes.
O banho convencional molha excessivamente o leito, necessitando de troca completa do enxoval, mesmo quando este já foi trocado recentemente (limpo e íntegro).
Troca frequente de curativos e eletrodos pois molham com mais facilidade. Por vezes temos que realizar as trocas de curativos mesmo sem estarem saturados, somente porque molhou no ato do banho.
No Banho de leito a seco, temos algumas vantagens, primeiramente, porque promove um banho mais humanizado, pois o paciente fica por menos tempo exposto; caso seja um paciente em estado crítico (entubado/ligado à aparelhos e dispositivos) ele não desestabiliza tão facilmente como no banho convencional pois a manipulação deste paciente é bem menor.
Banho com umidade adequada para realizar a higiene corporal sem excessos de água.
Toalhas umedecidas com formulações que não agridem a pele, e ainda contam com emolientes que promovem hidratação e tratamento da pele. Toalhas com água livre de cloro.
Ótimo custo-benefício em relação ao banho de leito convencional.
Otimiza o tempo da equipe de enfermagem/cuidadores.
Poupa materiais como curativos, eletrodos e almotolias. Sem contar custo com lavanderia.
Poupa troca desnecessária de enxoval e aumenta a vida útil do colchão. Economia com água e energia elétrica.
Alguns banhos de leitos a seco, apresentam versões antissépticas, com a mesma finalidade de higiene e contam também com o poder antisséptico para pacientes infectados.
Nesse sentido, também podemos apontar a economia com materiais.
Os materiais indispensáveis para a higienização de pacientes acamados são os seguintes:
Toalhas umedecidas antissépticas com clorexidina e testadas dermatologicamente. Quando o paciente está colonizado ou infectado.
Estes materiais desenvolvidos especialmente para banho no leito são eficientes na higiene corporal, evitam irritações na pele, agilizam o processo e excluem impurezas escondidas e com potencial para a formação de infecções.
Não se esqueça de utilizar luvas para higiene corporal para evitar a contaminação entre paciente x profissional de enfermagem/cuidador.
Antes de iniciar, você poderá deixar o seu paciente coberto com lençol na parte do corpo que não está sendo higienizada.
Rodízio as toalhas ao passo que você consiga realizar a higiene do local sem utilizar os lados das toalhas.
As toalhas umedecidas podem ser aquecidas para tornar o banho mais confortável para o paciente.
1 - Comece higienizando a face do seu paciente com a primeira toalha, seguindo para as orelhas, logo após, o pescoço.
Rodízio os lados e siga para região do tórax e abdome, ao final, descarte a toalha.
Caso seja o banho antisséptico, não deverá ser realizada a higiene da face devido ao componente antisséptico.
2 – Com a segunda e terceira toalha, siga para os membros superiores (braços, antebraços, mão e axilar) , uma toalha para cada membro.
Realize o rodízio dos lados, iniciando do local mais limpo para o local mais sujo, ou seja, as axilas são a última parte a serem higienizadas. Descarte as toalhas.
3 – Com a quarta e quinta toalha, siga para membros inferiores (perna e coxa anteriores e posteriores e pés) deixando os pés por último. Não esqueça de realizar o rodízio das toalhas.
4 – Com a sexta toalha, vamos realizar a higiene íntima das genitálias. Ao final, descarte a toalha e troque as luvas de procedimento.
O banho antisséptico pode ser aplicado nas regiões íntimas pois a Clorexidina utilizada é a aquosa. Em pacientes alérgicos à clorexidina, não deve ser aplicado o banho de leito antisséptico.
5 - Use a sétima toalha para higienizar a nuca e costas do paciente, realizando o rodízio dos lados. Ao final, descarte-a.
6 - Com a oitava toalha, realize a higiene íntima de glúteos e ânus. Descarte a toalha e troque as luvas.
Caso for realizar higiene de couro cabeludo e cabelos, pode-se colocar a touca shampoo condicionante antes de realizar o banho corporal.
Realizar movimentos de massagem no couro cabeludo e deixar por algum tempo e seguir para a higiene corporal e, ao final do banho, pode-se remover a touca e pentear os cabelos.
A cama hospitalar deve ser usada para acolher o paciente com mais conforto e bem-estar no momento do banho no leito.
Deve ser um ambiente com um bom espaço e biombo hospitalar (no caso de quarto compartilhado) para preservar a privacidade do paciente.
O controle de temperatura deve ser equilibrado para não causar desconforto ao paciente.
A sua instituição de saúde precisa manter sua equipe sempre bem treinada para melhorar as ações de higiene e cuidados aos pacientes!